Archive for the ‘The Kinks’ category

Top 20 – 1960/1969 (3ª parte)

26/02/2015
Arthur or The Decline and Fall of the British Empire (1969), The Kinks.

Arthur or The Decline and Fall of the British Empire (1969), The Kinks.

Sempre achei The Who e The Kinks bandas gêmeas. O estilo me soa parecido, assim como as ambições artísticas. O Who ganhou mais notoriedade, mas confesso preferir os Kinks. Até mesmo nos álbuns conceituais, obsessão de Pete Townshend, a banda dos irmãos Davies era mais contundente. Arthur (or the Decline and Fall of the British Empire) é conceitual até o ultimo acorde. Não tem nenhum grande hit e o conjunto é maior do que a soma das partes. Ouvi-lo de cabo a rabo é um prazer único. O humor transborda nas canções, mas sem esconder a beleza musical e a excelência das composições. Creio que o álbum é tudo o que Townshend quis fazer em termos conceituais e nunca conseguiu. Mas não sintamos pena dele por causa disso, pois em troca ele nos brindou com excelentes músicas. Pra quem gosta de rock britânico dos anos 60, é audição obrigatória!

Victoria ao vivo.

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Led Zeppelin II (1969).

Led Zeppelin II (1969).

Confesso que sempre faço uma concessão à razão em detrimento da emoção quando incluo um disco do Led Zeppelin (fiz isso no Top dos anos 70), pois minha aquisição da discografia da banda foi tardia, não constando do meu arcabouço musical afetivo. Mas sou obrigado a concordar que o segundo álbum foi a cristalização de um gênero. No primeiro há uma crueza na gravação que me mantém com os pés no chão, mas este beira a perfeição.

Antigamente, aqueles longos solos de bateria eram o momento catártico das apresentações ao vivo, mas hoje não encontram muito espaço. Assim, Moby Dick, como uma baleia em extinção, acaba sendo um título adequado para o solo de John Bonham. Mas tem todo o resto pra compensar, inclusive as viradas de Bonham na própria Moby Dick, já acompanhado pelas guitarras.

Então, ao fazer aquela pergunta “por que eu vou colocar esse disco na lista e não um outro dos Beatles“, a resposta foi: porque merece.

Meu mergulho em Led Zeppelin foi tão tardio que conheci Thank You via Tori Amos.